Revisão de literatura: riscos potenciais dos anorexígenos alopáticos no tratamento da obesidade.

Resumen

O Brasil é um dos países com as maiores taxas de obesidade da América do Sul, e diante desta situação, muitos brasileiros passaram a fazer uso indiscriminado de anorexígenos a base de drogas anfetamínicas ou metanfetamínicas para combater a obesidade. O objetivo deste trabalho é evidenciar os riscos potenciais dos anorexígenos alopáticos no tratamento da obesidade.Trata de uma revisão de literatura através de consulta nos bancos de dados SCIELO, MEDLINE e PUBMED, que discorreu sobre a regulamentação dos anorexígenos no Brasil e discutiu sobre os principais mecanismos de ação desses anorexígenos, assim como seus efeitos adversos. Por  fim, buscou evidenciar o papel do farmacêutico na promoção do uso seguro e saudável dos anorexígenos. Os resultados revelam que a regulamentação da dispensação dos anorexígenos no Brasil ainda se mostra ineficiente, pois pesquisas revelam que os profissionais que mais receitaram os medicamentos, não têm as competências necessárias para fazê-lo. Os medicamentos: anfepramona, femproporex e mazindol mostraram-se inadequados para pacientes pediátricos ou adultos com doenças cardiovasculares ou psiquiátricas. A abstinência gerada pela anfetamina afeta aproximadamente 87% dos usuários, e os efeitos adversos mais comuns são: nervosismo, insônia, depressão, taquicardia, arritmias, tontura e arritmia. Dessa forma, o uso e dispensação indevida de anorexígenos já pode ser considerado um problema de saúde pública no Brasil, por isso é importante que o profissional farmacêutico informe os pacientes sobre os perigos do uso indiscriminado dos anorexígenos e apoie os profissionais da área apresentando outras formas de tratamento da obesidade.