Rotação de culturas com milho na Agricultura Familiar: Benefícios para a fertilidade do solo e controle de pragas

Abstract

A agricultura familiar é uma importante base produtiva no Brasil, especialmente no cultivo de milho, um dos alimentos essenciais no país. No entanto, os agricultores familiares enfrentam desafios relacionados à sustentabilidade do solo e ao controle de pragas. Nesse contexto, a rotação de culturas surge como uma alternativa eficaz, promovendo benefícios tanto ecológicos quanto econômicos. Este estudo tem como objetivos revisar a literatura existente sobre os benefícios da rotação de culturas com milho, analisar os impactos dessa prática no controle de pragas, com ênfase na redução do uso de pesticidas, identificar as práticas mais comuns adotadas pelos agricultores familiares no Brasil, e avaliar os desafios e limitações enfrentados na implementação dessa técnica. A metodologia utilizada foi uma revisão integrativa da literatura, onde foram selecionados e analisados artigos publicados nos últimos 20 anos, provenientes de bases como EMBRAPA, Google Acadêmico e SciELO. Os estudos selecionados abordaram diversos aspectos da rotação de culturas, com foco nos efeitos para a fertilidade do solo, controle de pragas, práticas adotadas pelos agricultores familiares e os obstáculos na aplicação da técnica. Os resultados indicaram que a rotação de culturas contribui significativamente para a preservação da fertilidade do solo, promovendo a ciclagem de nutrientes, melhorando a estrutura do solo e reduzindo a dependência de fertilizantes sintéticos. Além disso, a rotação de culturas se mostrou eficaz no controle de pragas, como a lagarta-do-cartucho, ao interromper o ciclo dessas pragas e reduzir a necessidade de pesticidas. A prática também tem sido amplamente adotada por agricultores familiares, principalmente nas regiões Sul, Suldeste e Centro-Oeste, onde o milho é predominante. Entretanto, os resultados também mostraram que a adoção da rotação de culturas enfrenta desafios, como a falta de capacitação técnica, dificuldades financeiras e limitações de mercado, que dificultam sua implementação de forma consistente entre os pequenos produtores. Em conclusão, a rotação de culturas com milho é uma estratégia promissora para melhorar a fertilidade do solo e o controle de pragas na agricultura familiar, mas sua implementação bem-sucedida depende de apoio técnico, recursos financeiros adequados e políticas públicas que incentivem práticas agrícolas sustentáveis.