Avaliação do desenvolvimento da produção agrícola no estado de Rondônia: Uma abordagem quali-quantitativa

Resumo

Este estudo utilizou uma abordagem qualitativa e quantitativa para analisar o crescimento e as tendências da produção agrícola em Rondônia entre 2013 e 2022, focando nas culturas de soja, arroz, feijão e milho. A pesquisa foi baseada em dados secundários provenientes de fontes confiáveis, como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e publicações acadêmicas sobre a agricultura no estado e no Brasil. Para a análise da evolução da produção, foram empregadas técnicas de estatística descritiva e inferencial. Para identificar as tendências de crescimento ou queda nas produções anuais, foi gerado um gráfico de linha, e a linha de tendência foi calculada com a média geométrica das taxas de crescimento anual, o que ajudou a suavizar as flutuações interanuais e destacar as tendências subjacentes. Foi realizada uma análise entre os dados de produção no Brasil e em Rondônia utilizando o teste t de Student, para verificar se as diferenças nas taxas de crescimento eram estatisticamente significativas. Os resultados mostraram um crescimento notável na produção de soja e milho em Rondônia, com a produção de soja aumentando 204,4% de 2013 a 2022, em comparação com o crescimento de 47,7% no Brasil. A área plantada de soja no estado aumentou 98%, enquanto a produção de milho cresceu 230,5%. Por outro lado, a produção de arroz e feijão apresentou quedas no estado de Rondônia, onde a produção de arroz diminuiu 11,8% e o feijão teve uma redução de 90,04%. De acordo com alguns estudos usados como referência, o crescimento da soja e do milho foi impulsionado pela adoção de novas tecnologias e pela ampliação da infraestrutura, enquanto a queda nas produções de arroz e feijão refletiu a competição com culturas mais rentáveis. O estudo conclui que Rondônia se destaca como um polo agrícola, especialmente nas produções de soja e milho, devido à rápida expansão de áreas de cultivo e à adoção de tecnologias eficientes. No entanto, o declínio na produção de arroz e feijão, junto aos desafios ambientais, requer uma análise crítica das práticas agrícolas futuras.