Telemedicina: Expansão e desafios na saúde digital
Resumo
A telemedicina é a aplicação de tecnologias da informação e comunicação na prestação de serviços de saúde à distância. Sua relevância tornou-se evidente durante a pandemia da COVID-19, que exigiu mudanças rápidas na forma de atendimento, evitando o deslocamento de pacientes e preservando a continuidade dos cuidados. Esse modelo tem se destacado pela capacidade de fornecer acesso a áreas remotas e reduzir a sobrecarga dos serviços presenciais, beneficiando tanto pacientes quanto profissionais de saúde. No entanto, a implementação dessa prática levanta desafios significativos, como a necessidade de regulamentação, segurança de dados e infraestrutura tecnológica adequada. Este estudo teve como objetivo destacar as vantagens, desafios e perspectivas da telemedicina na prática médica atual, com base em uma revisão das abordagens adotadas durante e após a pandemia. A metodologia baseia-se em uma revisão integrativa de artigos selecionados em bases como SciELO, PubMed e Google Acadêmico, utilizando descritores como telemedicina, consultas remotas e saúde digital. Foram selecionados artigos relevantes publicados entre 2020 e 2023. Os resultados apontam que a telemedicina é particularmente eficaz para o acompanhamento de doenças crônicas e saúde mental, além de facilitar a emissão de receitas eletrônicas e o monitoramento remoto de pacientes. A teleconsulta mostrou-se uma ferramenta essencial durante a pandemia, mas alguns profissionais e pacientes preferem o atendimento presencial para condições complexas ou emergenciais, como doenças agudas e crônicas descompensadas. Além disso, foi identificado que a satisfação é maior entre pacientes jovens e para consultas administrativas, enquanto a adesão por parte de pacientes idosos apresenta maiores dificuldades devido a limitações no uso de tecnologia. A telemedicina se consolidou como uma alternativa relevante no cuidado à saúde, mas sua implementação contínua exige investimento em infraestrutura tecnológica e capacitação profissional. É necessário, ainda, um marco regulatório robusto que assegure a proteção de dados e a qualidade dos serviços prestados. Com esses avanços, a telemedicina poderá integrar-se de forma permanente ao sistema de saúde, ampliando o acesso e promovendo maior equidade na assistência.