Análise da ocorrência e aspectos epidemiológicos de dengue no Estado de Rondônia
Palavras-chave:
Arboviroses, Amazônia, Vigilância epidemiológicaResumo
Introdução: A dengue é uma doença infecciosa, causada por um vírus de genoma RNA, do gênero Flavivirus. É uma arbovirose cuja transmissão ao homem é feita pelo mosquito Aedes aegypti. Os países de clima tropical, quente e úmido apresentam maior prevalência de casos de dengue, pois esses fatores ecológicos favorecem o crescimento do vetor Aedes aegypti, sendo que dentre os países da América do Sul, o Brasil é responsável por mais de 90% dos casos notificados. Objetivos: O presente estudo tem como objetivo descrever a ocorrência de casos de dengue notificados no estado de Rondônia, no período de janeiro a abril de 2025. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, de abordagem quantitativa e de caráter transversal, a partir da coleta e análise de dados. Os dados foram obtidos através do Painel de Monitoramento de Arboviroses disponibilizado pelo Ministério da Saúde. Os critérios utilizados para a busca foram os casos prováveis, gênero, faixa etária, raça/cor e óbitos, apresentados em incidência através da porcentagem. Resultados: Durante o período selecionado foram notificados 2.079 possíveis casos de dengue. O mês de maior incidência foi maio, com 1.063 registros (51,1%), enquanto o menor número de casos ocorreu em janeiro, com 231 (11,1%). Quanto ao sexo, 1164 (56%) dos casos foram em mulheres e 915 (44%) em homens. A faixa etária mais acometida foi a de 40 a 69 anos, com 771 casos (37,1%). As demais faixas etárias apresentam os seguintes números: 0 a 9 anos, 227 casos (10,9%); 10 a 19 anos,
305 casos (14,6%); 20 a 39 anos, 663 casos (31,9%) e acima de 69 anos, 113 casos (5,5%). Em relação à raça/cor, os casos se distribuíram da seguinte forma: (1,8%) amarelos, (35,7%) brancos, (0,5%) indígenas, (57,7%) pardos, (3,5%) pretos, (0,8%) sem informação. Considerações finais: Devido às características ambientais da região Amazônica, há uma grande quantidade de arboviroses circulantes, com possíveis epidemias em períodos específicos do ano. É necessário o monitoramento contínuo e ações preventivas para reduzir os casos de dengue e minimizar a ocorrência de formas graves da doença e, consequentemente, o número de óbitos. O estudo apresenta limitações inerentes à utilização de dados secundários. Além disso, pode haver subnotificação dos casos, por não buscarem o atendimento médico ou quanto ao diagnóstico, por serem registrados casos confirmados e casos suspeitos, sem realização de sorologia.
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