Impactos da superlotação de agendamentos de consultas e cirurgias pelo SUS: Uma revisão da literatura
Palabras clave:
Lista de espera, Saúde pública, SUSResumen
Introdução: A superlotação no agendamento de consultas e cirurgias eletivas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) tem se consolidado como um dos principais obstáculos à efetivação do direito à saúde no Brasil. Esse problema reflete a complexidade da gestão pública, a alta demanda por atendimentos especializados e a carência de infraestrutura e profissionais de saúde, sobretudo em regiões mais carentes. Entre as consequências estão os atrasos em diagnósticos, a redução da efetividade de tratamentos, o aumento das faltas por exaustiva espera, além de impactos psicológicos nos pacientes. Essa situação compromete a qualidade dos serviços, gera insatisfação popular e sobrecarrega os profissionais da saúde. Objetivo: O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão bibliográfica para analisar as consequências sociais e institucionais da superlotação das agendas de atendimento do SUS. Metodologia: A metodologia baseou-se em uma revisão integrativa da literatura, com levantamento de dados nas bases SciELO e relatórios oficiais do Ministério da Saúde, utilizando descritores como "Fila do SUS" e "Sistema Único de Saúde". Foram inicialmente localizados 512 artigos, mas apenas 5 e um relatório atenderam diretamente aos critérios e objetivos do estudo. Resultados: Os resultados revelam que a superlotação nas filas do SUS é um problema estrutural, que afeta diretamente a efetividade do sistema de saúde. Destaca-se a deficiência na Atenção Primária à Saúde (APS), cuja função preventiva e contínua deveria reduzir a demanda por atendimentos especializados. Programas como o Previne Brasil, embora relevantes, ainda carecem de maior investimento e aperfeiçoamento. Conclusão: Conclui-se que a superlotação é agravada pela descontinuidade de políticas públicas, ausência de pactuações eficazes entre os entes federativos, sistemas de agendamento ultrapassados e subfinanciamento crônico. Reformas estruturais são urgentes para garantir maior eficiência, equidade e acesso universal à saúde no país.
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