A prevalência de doenças pulmonares relacionadas ao uso de cigarros eletrônicos por Jovens
Resumo
Os cigarros eletrônicos (CE), também conhecidos como e-cigarettes ou vapes, são dispositivos eletrônicos que vaporizam líquidos, geralmente consistem em uma bateria, um atomizador (ou cartucho) e um e-líquido que é composto principalmente de propilenoglicol, glicerina vegetal, nicotina (opcional) e aromatizantes. A mistura é vaporizada para produzir o vapor inalado pelo usuário (CARVALHO, 2018). Introduzido no mercado por volta de 2004 com a alegação de que o usuário inala vapor inofensivo, se provou como ascensão de uma nova forma de tabagismo. Um inquérito telefônico nacional realizado durante o primeiro trimestre de 2022 no Brasil levantou dados preocupantes sobre o tema, o qual aponta que um a cada cinco jovens de 18 a 24 anos usa cigarros eletrônicos no Brasil. Ficando claro a existência de um aumento na experimentação e uso de cigarros eletrônicos no país. (GLANTZ et al., 2018; MENEZES et al., 2022). Embora em alguns países o cigarro eletrônico seja utilizado como produto de redução de danos para ajudar a parar de fumar, a gravidade de lesão pulmonar associada a este devido ao seu uso, entre jovens e adultos, é imprevista. Sua composição se equipara em muito a cigarros convencionais, sendo semelhantes tanto na entrega de nicotina ao usuário quanto na sua fórmula. Seguindo este Norte, temos como composição a nicotina, compostos carcinogêneos (como por exemplo, os carbonilos e as nitrosaminas específicas de tabaco) sendo estas substâncias encontradas na maioria dos vapores dos fumos, pode representar um risco não apenas para os pulmões, mas também para o funcionamento de todo o organismo. (HAJEK et al., 2020; MOHEIMANI et al., 2017). Em continuidade, o propileno glicol e o vapor de glicerol são componentes que podem ser encontrados nestes cartuchos de CE ou VAPE e são substâncias causadoras de irritação das vias aéreas superiores (CAO et al., 2020). Ao analisar os relatórios médicos sobre as mudanças respiratórias decorrentes do uso de cigarros eletrônicos (CE), a lesão pulmonar aguda emergiu como a condição mais comum, seguida pela pneumonia (TZORTI et al. 2020), provavelmente relacionadas à exposição e inalação do vapor presente no dispositivo. Diante do exposto, o objetivo deste trabalho é entender a prevalência de doenças pulmonares em relação ao uso de cigarros eletrônicos entre jovens.