Prevalência de transtornos traumáticos cumulativos relacionadas ao trabalho em membros superiores

Resumo

As Lesões por Esforço Repetitivo ou Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (LER/DORT) são um grande agravante em relação à área de Saúde do Trabalhador e, ainda, um problema de saúde pública a nível mundial, uma vez que sua incidência é de grande impacto em diversos componentes no ambiente de trabalho de uma forma geral (PAULA, AMARAL, 2019).  De acordo com o Ministério da Saúde (2002), tais afecções musculoesqueléticas podem ser apontadas como um grande agravante à saúde dentro do âmbito das doenças ocupacionais. Tratando-se de lesões articulares relacionadas ao trabalho, o problema está diretamente ligado à grande prevalência desse tipo de lesão, o que prejudica pessoas nesta condição e faz com que fiquem inválidas para o ambiente de trabalho (SANTOS, 2013). Sabe-se que que dentro do ambiente laboral podem ser apontados diversos prejuízos em virtude das demandas físicas, sociais e mentais, das quais cria-se uma necessidade de que exista um vínculo estabelecido entre saúde e segurança do trabalho (FERREIRA et al., 2018). As lesões ocasionadas por esforços repetitivos de membros superiores são uma grande problemática no âmbito de trabalho e podem estar relacionadas às demandas mencionadas anteriormente (SILVA, SIME, 2019). A grande prevalência das chamadas doenças osteomusculares relacionadas ao trabalho é alta e cresce constantemente ao longo dos anos, afetando pessoas em condições físicas aptas ao mercado de trabalho. Sabe-se, ainda, que existem diversos agravos interligados ao trabalho, da qual podem ser apontadas desequilíbrios entre as exigências do trabalho e as capacidades funcionais dos indivíduos. Como consequência, tais indivíduos tornam-se susceptíveis às LER/DORTs e possíveis consequências geradas por elas, como dor, perda de função, incapacidade, sofrimento, absenteísmo (ausência no trabalho), além de aposentadoria por invalidez (VIEGAS, ALMEIDA, 2016). Lesões traumáticas do membro superior geram diversas consequências e impactos, além de prejudicarem o desempenho nas atividades de vida diária, entre as quais pode ser mencionado o afastamento do trabalho, que torna o indivíduo temporariamente indisponível ou inválido. (OLIVEIRA et al., 2013). Sabe-se, ainda, que tal afastamento gera malefícios ao próprio indivíduo, tomando como exemplo os longos períodos de afastamento e a exclusão social decorrente desse quadro (PAULA, AMARAL, 2019). De acordo com os autores Cardoso e Morgado (2019), o afastamento de trabalho pode ser atribuído aos distúrbios osteomusculares, além de tomá-los como um fator preocupante para setores sociais como governos e instituições. Em virtude disto, o presente estudo busca demonstrar a prevalência de lesões relacionadas ao trabalho, além de demonstrar a importância de práticas ergonômicas em locais de trabalho que visam orientar ou fornecer suporte à pessoas afetadas por elas.