Psicologia Forense: Psicologia do Testemunho
Resumo
Psicologia é a profissão que visa estudar a mente do ser humano, analisando o comportamento de cada indivíduo ou de um grupo diante de diversas situações, um dos primeiros registros da psicologia como uma ciência foi através dos filósofos gregos. No Brasil a psicologia somente foi reconhecida como uma profissão nos meados da década de sessenta, quando por meio da Lei nº 4.119/62 foi regulamentada. A psicologia por conhecer e investigar como os seres humanos agem, foi introduzida no meio judicial como um meio para que se pudesse entender a mente dos criminosos e como eles pensam antes de cometerem seus atos e assim ajudar na manutenção da ordem social. Sabe-se que muitos das pessoas que cometem crimes de grande crueldade geralmente possuem algum tipo de trauma que ficou “guardado” em suas memórias, por exemplo, em casos de violência doméstica o agressor quando mais jovem já foi uma vítima ou ao menos já presenciou, e associado à ausência de uma educação que ensine sobre os princípios éticos da sociedade em que vive, geram pessoas psicologicamente instáveis e que no futuro podem ser um risco para sí e para outrem. Entretanto, a psicologia jurídica não busca somente estudar sobre o criminoso, ela também é utilizada com as vítimas e com as testemunhas que estão envolvidos nos fatos que ocorreram, buscando uma forma de entender os acontecimentos pela ótica delas, enquanto, no acusado busca formas que identificar um perfil de vítimas, metodologias e outros fatores que levaram ao crime. Contudo, é importante esclarecer que quando forçada a mente humana pode criar diversos cenários, ainda mais, quando decorre de um trauma. Quando uma vítima ou testemunha é chamada para ser ouvida, deve-se tomar cuidado para que as lembranças dos fatos não sejam comprometidas com sugestões, ou que até mesmo crie memórias que nunca existiram de fato. Um exemplo desse fato é quando, a vítima de um crime é forçada a reconhecer seu agressor logo após os fatos, em alguns casos pela emoção do momento ocorrem falsos reconhecimentos, pois por estar abalada e confusa a mera semelhança devido a cor de pele, tipo de cabelo ou estatura, pode fazer com que acredite de fato que esteja diante do seu agressor, podendo assim haver um equívoco.