Intervenção fisioterapêutica em pacientes submetidos a esvaziamento cervical

Resumen

O câncer de cabeça e pescoço acomete tecidos epiteliais sendo dos seios paranasais, cavidade oral, cavidade nasal, faringe e laringe. Tendo maior incidência as neoplasias do tipo carcinoma epidermóide. O seu tratamento é baseado na terapia combinada ou cirúrgico. O esvaziamento cervical é um tratamento cirúrgico invasivo, definido como a remoção dos possíveis linfonodos acometidos por metástases de alto risco, podendo ser eletivo ou radical. Durante a dissecção o nervo acessório XI pode sofrer trauma, levando a paralisia ou paresia do músculo trapézio, síndrome do ombro caído, depressão ou discinesia escapular, perda da abdução do ombro, algia no ombro e pescoço. Estas sequelas são acometimentos importantes para a intervenção fisioterapêutica funcional e estética. O presente trabalho tem como objetivo verificar a eficácia das intervenções fisioterapêuticas em pacientes com sequelas do esvaziamento cervical. Trata-se de uma revisão bibliográfica, realizada por meio de consulta em base de dados encontrados em Scientific Eletronic Library Online e revistas sendo artigos escritos em Português do período de 2015 a 2020. Foram encontrados 30 artigos e efetivamente utilizados 15. Estudos analisados corroboram que a fisioterapia através das técnicas de cinesioterapia, eletroterapia e drenagem linfática manual são propícias a estes pacientes proporcionando a eles melhora das alterações funcionais, coordenação motora, redução da algia, qualidade de vida e desenvolvimento das atividades de vida diária. Diante das evidências pode-se concluir que a fisioterapia é uma intervenção eficaz na redução das alterações funcionais e dolorosas destes pacientes, dando a eles melhora na qualidade de vida, contribuindo para a reabilitação biopsicossocial.