Das cinzas da floresta ao agronegócio: a insustentabilidade presente na vida rondoniense

Autores/as

  • Delaine Almeida Silva Centro Universitário São Lucas Ji-Paraná
  • Raquel Páscoa da Veiga Frade Santana Centro Universitário São Lucas Ji-Paraná

Palabras clave:

Rondônia, Queimadas, Agronegócio, Comunidades Indígenas

Resumen

A insustentabilidade na vida rondoniense é consequência da utilização da técnica de queimadas, que visa estabelecer o agronegócio. Consequentemente, os latifúndios se instauraram e as queimadas tomaram proporções desastrosas, interferindo diretamente na qualidade de vida no Estado de Rondônia. Deste modo, a pesquisa tem os seguintes objetivos: identificar o início das queimadas no Estado; analisar os índices das queimadas no Estado atualmente; comparar com os índices posteriores à colonização do Estado e reconhecer seus impactos nas comunidades da Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau. Para isso foi feita uma pesquisa documental, utilizando-se o método comparativo, a partir dos dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O Estado de Rondônia data o início das queimadas em 1970, pelas famílias partícipes do fluxo migratório propagado pelo Governo na época, com a promessa da libertação socioeconômica. O INPE, em 1998, identificou em Rondônia 7.938 focos de incêndio no período de 01 de janeiro de 1998 a 31 de dezembro de 1998. Já em 2020, foram identificados 96.550 focos no período de 01 de janeiro a 01 de setembro, sendo 96% deles no limite ou próximos às Terras Indígenas e Unidades de Conservação. Como se tratam de áreas de difícil acesso, a atuação do Corpo de Bombeiros e do IBAMA é limitada. Dos 21.889 focos de incêndio identificados em 2020 nos limites destas áreas vulneráveis, aproximadamente 21,6% estão presentes na Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau, evidenciando-se os fortes impactos que as queimadas têm na sustentabilidade e qualidade de vida nessas comunidades.

Biografía del autor/a

Delaine Almeida Silva, Centro Universitário São Lucas Ji-Paraná

Graduanda em Direito e bolsista PAP (Programa de Apoio à Pesquisa) no Centro Universitário São Lucas Ji-Paraná.

Raquel Páscoa da Veiga Frade Santana, Centro Universitário São Lucas Ji-Paraná

Doutora em Filosofia pela Universidade de Pisa, na Itália. Coordenadora do Grupo de Pesquisa em Direito IBIS (Ideias Basilares sobre o Indivíduo em Sociedade) e Professora no Centro Universitário São Lucas Ji-Paraná.

Publicado

2021-03-17

Número

Sección

Resumo Expandido - VIII Fórum Rondoniense de Pesquisa