Contaminação de enteroparasitoses relacionados às condições de saneamento básico na terra indígena Uru-Eu-Wau-Wau
Palabras clave:
Saúde Indígena, Parasitologia, Enfermagem, ExtensãoResumen
As condições precárias de saneamento nas comunidades indígenas favorecem a incidência de infecções gastrointestinais (Coimbra Jr, Escobar & Haverroth, 2003). A concentração de domicílios, a convivência direta com animais domésticos, a falta de infraestrutura de abastecimento de água potável e coleta de dejetos geram um ambiente propício à propagação de parasitas de propagação hídrica (Coimbra Jr. & Mello, 1981; Coimbra Jr. et al., 1985; Santos et al., 1991). Desta forma, a água e o solo podem propagar formas evolutivas de parasitos, sendo um risco de grande contaminação destes bioagentes, principalmente na população que está mais exposta a falta ou a precariedade de saneamento básico e contato direto com o solo e a água, situação comum a grande parte dos indígenas. (BARBOSA, 2011). Este presente trabalho possui o objetivo de analisar dados acerca das infecções e parasitoses presentes na comunidade indígena Amondawa, relatar informações acerca da cobertura de saneamento e suas especificidades, bem como seu funcionamento nas terras indígena Uru-Eu-Wau-Wau, mais especificamente sobre a comunidade indígena Amondawa, além de discutir e relacionar em revisão bibliográfica a importância do saneamento na aldeia. Desta forma, se faz necessário o presente estudo sobre as possíveis parasitoses intestinais presentes a fim de relacionar as infecções ao saneamento básico, sua falta ou precariedade nas Terras Indígenas Uru-Eu-Wau-Wau. Uma vez que o saneamento básico é uma das principais profilaxias para certas parasitoses intestinais, como a Giardia lamblia, E. histolytica, Schistosoma mansoni e entre outros seres patogênicos relacionados a água e seu desenvolvimento. Notou-se que a existência dos parasitas e sua relação com o hospedeiro é provavelmente tão antiga quanto a existência dos primeiros seres vivos. Desta forma, estudar sobre parasitoses em grupos indígenas atuais pode contribuir para melhor compreensão destas infecções no passado. A presença de parasitos intestinais entre as populações indígenas tem origem no passado de períodos pré-históricos. A contaminação da água, na maioria das vezes, é decorrente da poluição por fezes de humanos e de animais, uma vez que os microrganismos patogênicos geralmente aparecem espalhados em baixo número na água. Portanto, a presença de microrganismos fecais na água dá incidências de poluição fecal, principalmente de origem humana.