Potencial agronômico de frutíferas nativas da Amazônia: Uma revisão da literatura

Resumen

A diversidade populacional de frutíferas na região Amazônica apresenta um nobre valor agregado ao potencial mercadológico do país, devido às composições químicas que fortalecem os elementos nutracêuticos (SILVA et al., 2018). Essas espécies de frutas nativas desempenham importante papel na alimentação humana, tendo em vista a contribuição de suas características fitoquímicas à saúde, além disso, a grande maioria fazem parte da cadeia alimentar dos animais. O setor agroindustrial se beneficia com os produtos derivados, movimentando o poder de compra e venda em razão do exercício da atividade laboral extrativista e da agricultura familiar (LAMARÃO et al., 2020). Algumas espécies são citadas em maior frequência, sendo elas: a pupunha, o camu- camu, cubiu e o araçá-boi, que quando são melhoradas geneticamente e recebem o manejo adequado, possuem potencial agronômico a ser explorado (SOUZA; CLEMENT, 2019). O melhoramento genético de variedades com potencial agronômico na Amazônia está fortemente atrelado ao crescimento do mercado das frutas nativas no espaço regional, na dinâmica de exportação e no consumo nacional. O plantio dessas variedades pode ser ampliado mediante à aptidão das características responsivas aos distintos ambientes que estes são submetidos, como é o exemplo da expansão de plantas naturalizadas em solos hidromórficos para os de terra firme (HOMMA, 2012). A expansão semi-mecanizada de cultivos na região, possibilitou a produtividade em larga escala e o desenvolvimento de variedades adaptadas a outros locais, superando as distintas manifestações edafoclimáticas de terras brasileiras (HOMMA, 2014). Desse modo, o processo de domesticação de árvores nativas amazônicas permite avanço ao sistema de manejo, objetivando ampliar a participação de agricultores e enriquecer a nutrição alimentar da população (VIZÚ; FILHO; SILVA, 2015). Diante dessa perspectiva, o presente estudo propõe desenvolver uma revisão bibliográfica sobre frutíferas nativas da Amazônia e evidenciar suas características que proporcionam notável potencial agronômico.