Uso de órtese em pacientes com encefalopatia crônica não progressiva em reabilitação fisioterapêutica
Resumen
A encefalopatia crônica não evolutiva (ECNE) é uma das maiores causas de deficiências motoras na infância. Ela é caracterizada por uma alteração dos movimentos controlados e/ou posturais dos pacientes, aparecendo cedo, sendo secundária a uma lesão, danificação ou disfunção do sistema nervoso central (LEITE; PRADO, 2004). De acordo com Neto (2013), a principal alteração em pacientes com encefalopatia crônica é o comprometimento motor. Esse comprometimento motor pode envolver partes distintas do corpo, resultando em classificações topográficas específicas como tetraplegia, hemiplegia e diplegia, sendo a forma espástica a mais comum (CARGNIN; MAZZITELLI, 2003). Também é observado deformidades dos membros, hipercifose e escoliose torácica, distonia e fraqueza muscular (CALCAGNO et al., 2006; FERNANDES et al., 2007). Essas limitações atrapalham sua independência e suas atividades diárias, sendo necessário em alguns casos a utilização de dispositivos ortóticos para auxiliá-las no seu desempenho funcional (SOUZA; GIROTTI; ZUTTIN, 2012).O Ministério da Saúde (2012) classifica que a prescrição de órteses é de responsabilidade de médicos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais. Essas órteses ortopédicas funcionam como recursos terapêuticos dando suporte a algum membro corporal com o objetivo de imobilizar e corrigir desvios. (CARVALHO, 2006). O objetivo da presente pesquisa é elencar as indicações do uso de dispositivos auxiliares na reabilitação e ganho de funcionalidade dos pacientes com encefalopatia crônica não progressiva.