Reflexos do flúor no âmbito da saúde

Resumen

Grandes mudanças odontológicas aconteceram no século XX em relação a saúde oral, desencadeada com base em observações de crianças que ingeriam água proveniente de um poço profundo apresentando dentes manchados (fluorose dentária), porém menor incidência de cáries comparadas às crianças com dentes de aparência normal. Desse modo, fora comprovado a existência de um elemento químico presente na água que apresentava efeitos terapêuticos e preventivos contra a cárie, determinando a presença do flúor. Atualmente, permanece sendo empregado em hábitos de higiene bucal através das ações de produtos fluorados como cremes dentais. Além disso, a fluoretação das águas é obrigatória em estações no Brasil, estabelecida por lei federal. O flúor agregado a água interage com a hidroxiapatita do dente formando a fluorapatita, partícula mais resistente, proporcionando a diminuição a desagregação por ácidos, aumento de remineralização e diminuição das atividades bacterianas. A partir destes benefícios a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera o Flúor como um medicamento. Temas relativos a ética da saúde é discutida por alguns autores como Fortes, Zoboli e Mendoza corrobora. Acredita-se que parte significativa da população se encontra exposta a múltiplas formulações de produtos fluorados, que se usado de forma racional proporciona benefícios a saúde. Em conclusão, a redução de cárie atualmente constatada em vários países, inclusive no Brasil, pode ser atribuída a exposição ao flúor. Em contrapartida, há expectativas ao aumento da prevalência de fluorose dentária, consequência do excesso a exposição como em alimentos naturais ou industrializados, na água e em alguns medicamentos.