Amamentação na primeira hora de vida na maternidade pública de Ji-Paraná/RO: relato de experiência
Abstract
Tanto a Organização Mundial de Saúde (OMS) quanto o Ministério de saúde (MS) recomendam fortemente que os recém-nascidos recebam o aleitamento materno exclusivo (AME) durante os seis primeiros meses de vida, com a introdução alimentar ou outros líquidos, após os 6 meses a amamentação pode ser continuada até os 2 anos de vida (BRASIL, 2015). De acordo com Ramiro et al (2021), o leite materno é uma fonte de nutrientes de alta qualidade para os lactentes, por conter todos os nutrientes necessários para o desenvolvimento saudável da criança. Sua composição abrange uma vasta variedade de componentes, como o colostro, proteínas gorduras, carboidratos, vitaminas, minerais, oligoelementos e componentes imunológicos, o benefício do aleitamento materno se estendem ao decorrer da vida da criança. É imediato os benefícios do aleitamento materno exclusivo na primeira hora de vida do recém-nascido, tanto quanto para a mãe, devido ao colostro, popularmente conhecido como a primeira vacina, que é uma substancia rica em nutrientes e anticorpos fundamentais para o fortalecimento do sistema imunológico do bebê, que age contra inúmeras infecções e patologias (HERGESSEL; LOHMANN, 2018). Dentre os benefícios do aleitamento materno, incluem proteção contra enterocolite necrosante, infecções do trato gastrointestinal e infecções, alergias, septicemia e meningites. O aleitamento materno também beneficia a puérpera, uma vez que é estimulado a liberação de ocitocina endógena, através da sucção da mama pelo bebê, que é responsável por induzir contrações uterina. Essas contrações contribuem na prevenção de hemorragias pós-parto, que são uma das causas mais comuns de mortalidade materna no mundo. (RAMIRO et al 2021). Ainda de acordo com Ramiro et al (2021), o contato entre mãe e bebê, auxilia na prevenção de hipotermia do bebe, no estabelecimento de vinculo, oferecendo assim, muitos benefícios físicos e psíquicos, bem como auxilia na colonização do intestino do recém-nascido com microrganismos da flora cutânea da mãe, o que proporciona ao bebê maior imunidade. Apesar da extensa evidencia cientifica que assegura a superioridade do aleitamento materno em comparação com outras formas de alimentação para crianças pequenas, o índice de amamentação no Brasil, especialmente de amamentação exclusiva (AME), estão significativamente abaixo das recomendações. Os profissionais de saúde desenvolvem um papel crucial na reversão desse cenário (BRASIL, 2015). Mediante isso, o presente trabalho tem como objetivo descrever a experiência vivenciada pelas acadêmicas do 8º período do curso de enfermagem de uma Instituição de Ensino Superior da cidade de Ji-Paraná/RO, durante as atividades desenvolvidas na maternidade pública municipal.