Análise fitoquímica do extrato aquoso da casca e do fruto de Jatobá (Hymenaea courbaril L., Fabaceae).
Abstract
O uso das plantas medicinais é uma prática milenar disseminada no Brasil e no Mundo através do uso de chás, extratos vegetais como intervenções terapêuticas para a cura, alivio de enfermidades e controle de pragas. As plantas desenvolveram sofisticados mecanismos de defesa durante o processo de evolução, entre os quais se incluem diversos tipos de compostos químicos encontrados nos diferentes tecidos vegetais, constitutivos ou cuja síntese é induzida em resposta ao ataque de pragas e/ou patógenos (CARLINI & SÁ, 2002). O Hymenaea coubaril (Jatobá) pertence à família Fabaceae e subfamília Caesalpinoideae. No Brasil, pode ser encontrado desde o estado do Piauí até o norte do Paraná, desenvolvendo-se em florestas semidecidual (FARIAS et al., 2006). O H. coubaril possui algumas propriedades medicinais sendo utilizadas contra tosse e bronquite, afecções pulmonares em geral, antioxidante, fortificante, tônico, expectorante, hepatoprotetor, vermífugo, diurético, fortalecedor do sistema imunológico e no combate ao câncer de próstata e anemia (LIMA et al., 2007). A casca é comumente utilizada para tratar gripe, cistite, bronquite, infecções de bexiga e verminoses (OLIVEIRA, 2006.). Na medicina tradicional tem sido utilizada da mesma forma como no passado. Além do uso medicinal, esta planta, é utilizada também como fonte de alimento, madeira, sombra, adubo e lenha (LORENZI; MATOS, 2002). As pesquisas ainda são poucas e existem lacunas referentes ao conhecimento cientifico de compostos bioativos. O Brasil embora se tenha a maior diversidade vegetal do mundo e muitas plantas medicinais sejam de amplo conhecimento popular, o número de informações sobre essas plantas tem crescido apenas 8% anualmente (CORRÊA e SALGADO, 2011). Diante disso e do potencial medicinal e aplicações de H. coubaril o presente trabalho teve por objetivo realizar uma análise fitoquímica do extrato aquoso do seu fruto e de sua casca.