Pequeno, mas perigoso: O caramujo africano como vetor de doenças
Keywords:
caramujo africano, Meningite eosinofílica, Saúde públicaAbstract
Introdução: A presença do caramujo africano Achatina fulica em Rondônia tem gerado preocupação devido ao seu potencial como vetor de doenças e ao impacto ambiental. Essa espécie invasora, conhecida por sua rápida proliferação, pode transmitir patógenos causadores de enfermidades como meningite eosinofílica e angiostrongilíase abdominal, além de representar um risco à saúde pública. Além disso, sua adaptação a diferentes ambientes ameaça cultivos e ecossistemas locais. Diante disso, medidas de controle e conscientização são essenciais para mitigar os danos associados a esse molusco no estado. Objetivos: O objetivo do presente estudo foi analisar os dados que já foram coletados e apresentar informações e objetivas sobre a relação entre o caramujo achatina fulica - popularmente conhecido como caramujo africano e a meningite eosinofílica, destacando como ocorre a transmissão, os riscos à saúde humana e medidas de prevenção. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, de abordagem quantitativa e de caráter transversal, a partir da coleta e análise de dados. Os dados foram coletados da plataforma: DATASUS. Resultados: Através dos dados analisados foram identificado que, no período de 2022 à 2024, os municípios de Cacoal, Ouro Preto do Oeste, Porto Velho e Vilhena, no estado de Rondônia, registraram um total de 167 casos notificados de meningite. Entre 2022 e 2023, observou-se uma redução de 46,90% nos casos em Cacoal, enquanto em Ouro Preto do Oeste houve um aumento significativo de 20,00%. Já no intervalo de 2023 a 2024, Cacoal apresentou um crescimento de 6,30% nos registros, ao passo que Ouro Preto do Oeste registrou uma queda expressiva de 60,00%. Em Porto Velho, de 2022 a 2023, houve um aumento de 31,5% nas incidências de meningite. Já entre 2023 e 2024, na capital, houve uma diminuição de 21% nos casos de meningite. Em Vilhena, de 2022 a 2023, houve uma diminuição de 33,3% nas incidências de meningite. Entre 2023 e 2024, houve, ainda, uma diminuição também de 33,3% nas incidências. Considerações finais: Considerando os dados fornecidos, é visível que houveram flutuações significativas nos casos de meningite em Rondônia, com aumentos em alguns municípios e reduções em outros. Apesar da queda geral em 2024, a persistência de casos reforça a necessidade de vigilância contínua, medidas de controle do caramujo africano e conscientização pública para reduzir os riscos associados a essa zoonose.
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