Resgate da Identidade: Fortalecimento da Autonomia Cultural como Pilar da Saúde Mental Indígena
Palavras-chave:
Autonomia cultural, Políticas públicas, Saúde mental indígenaResumo
O estudo analisa a saúde mental indígena no Brasil sob a perspectiva do fortalecimento da autonomia cultural, propondo um deslocamento do enfoque patologizante tradicional. O objetivo é compreender como a autodeterminação e o resgate da identidade podem atuar como pilares para a promoção do bem-estar psíquico. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, exploratória e bibliográfica, realizada entre janeiro de 2020 e agosto de 2025, com base em artigos científicos e documentos oficiais obtidos em bases como Scielo e Google Acadêmico. A análise de conteúdo temática permitiu agrupar os dados em categorias como práticas de cura tradicionais, papel das lideranças comunitárias e impacto da autonomia no bem-estar. Os resultados evidenciaram que as concepções indígenas de saúde são holísticas, envolvendo dimensões físicas, espirituais, ambientais e coletivas, e que a autonomia cultural e a valorização das cosmovisões atuam como fatores de proteção contra o sofrimento psíquico. A pesquisa destaca que políticas públicas e práticas profissionais devem incorporar saberes ancestrais e reconhecer o protagonismo indígena como caminho para o bem-viver. Conclui-se que a promoção da saúde mental indígena depende menos da assimilação a modelos ocidentais e mais do fortalecimento das comunidades, de seus territórios e de seus mecanismos próprios de cuidado.