Cuidar sem imposição: Ações participativas de saúde para redução do consumo de álcool em uma Aldeia Indígena Gavião-Ikolen em Ji-Paraná/RO

Autores

  • Afonso Justiniano Galdino Centro Universitário Afya de Ji-Paraná
  • Carina Nascimento Catarino Cotrin Centro Universitário Afya de Ji-Paraná
  • Dênis Henrique Firmino de Araújo Centro Universitário Afya de Ji-Paraná
  • Gilberto dos Santos Nobre Centro Universitário Afya de Ji-Paraná
  • Gustavo Henrique Gonçalves Rodrigues Soares Centro Universitário Afya de Ji-Paraná
  • Leonilda Francisca Marçal Centro Universitário Afya de ji-Paraná
  • Raicca Milena Rodrigues Ferreira Centro Universitário Afya de ji-Paraná
  • Tayne Angélica de Souza Centro Universitário Afya de Ji-Paraná
  • João Henrique Zardetti Alves Nogueira Centro Universitário Afya de Ji-Paraná
  • Jerônimo Vieira Dantas Filho Centro Universitário Afya de Ji-Paraná

Palavras-chave:

Ações preventivas, Alcoolismo, Conscientização, Magaloba, Saúde indígena

Resumo

Os povos indígenas possuem tradições culturais que incluem o consumo de bebidas alcoólicas de baixo teor, como a Magaloba — fermentado de mandioca consumido desde a infância em rituais da Aldeia Gavião-Ikolen (Ji-Paraná/RO). Contudo, a interação com não indígenas introduziu bebidas mais fortes, gerando preocupações sobre saúde e impactos sociais. Este projeto propôs ações educativas e preventivas, equilibrando respeito às tradições e promoção de hábitos saudáveis. A pesquisa ocorreu em três etapas: análise situacional, atividades de conscientização e avaliação dos resultados. Durante visita à aldeia (abril/2025), observou-se que o consumo tradicional da Magaloba é culturalmente arraigado, mas a exposição a bebidas industrializadas tem levado a práticas de risco, como consumo precoce e excessivo. As intervenções priorizaram o diálogo com lideranças e a comunidade, destacando os efeitos nocivos do álcool sem desvalorizar seus costumes. Oficinas e debates envolveram profissionais de saúde e indígenas, reforçando a importância de medidas como a limitação etária e moderação. Os resultados evidenciaram que estratégias adaptadas ao contexto cultural são mais eficazes. A abordagem respeitosa fortaleceu a confiança da comunidade, incentivando a adoção voluntária de práticas seguras. Concluiu-se que a prevenção deve ser contínua e participativa, integrando saberes tradicionais e conhecimentos científicos para reduzir danos. Assim, o projeto não apenas mitigou riscos, mas também fortaleceu a autonomia indígena na gestão de seus desafios relacionados ao álcool.

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Publicado

2025-08-08