Fortalecimento da Saúde Indígena por Meio da Pesquisa-Ação: Estratégias de Enfrentamento às Arboviroses na Aldeia Gavião-Ikolen em Ji-Paraná/RO

Autores

  • Aline Mello de Oliveira Andrade Centro Universitário Afya de Ji-Paraná
  • Mateus Yam silva Stinghel Centro Universitário Afya de Ji-Paraná
  • Kaique Ventura de Carvalho Centro Universitário Afya de Ji-Paraná
  • Giceli da Silva Rosas Centro Universitário Afya de Ji-Paraná
  • Flávia Izabélly Pires Ballmann Centro Universitário Afya de Ji-Paraná
  • João Vitor da Silva Magalhães Centro Universitário Afya de Ji-Paraná
  • Emerson Gonçalves Constantino Centro Universitário Afya de Ji-Paraná
  • Milena Da Silva Souza Centro Universitário Afya de Ji-Paraná
  • Marcos Rogerio Ferreira Muzzi Centro Universitário Afya de Ji-Paraná
  • Jerônimo Vieira Dantas Filho Centro Universitário São Lucas Ji-Paraná - JPR

Palavras-chave:

Arboviroses indígenas, Pesquisa-ação participativa, Prevenção intercultural

Resumo

As arboviroses representam um desafio significativo à saúde pública em comunidades indígenas brasileiras, devido à interação entre vulnerabilidades socioambientais e barreiras no acesso à saúde. Este relato de experiência descreve uma intervenção baseada em pesquisa-ação participativa na Aldeia Gavião-Ikolen, com o objetivo de prevenir doenças como dengue, chikungunya, zika e febre amarela por meio de estratégias culturalmente adaptadas. O projeto foi estruturado em três etapas: diagnóstico situacional, intervenções educativas e avaliação/monitoramento. O diagnóstico incluiu observação participante, rodas de conversa e grupos focais, revelando criadouros de mosquitos, lacunas de conhecimento e a perda de práticas tradicionais de prevenção. As ações educativas envolveram oficinas práticas, materiais ilustrados adaptados à cultura local, e a capacitação de agentes indígenas de saúde. Destacaram-se o uso de plantas repelentes nativas, teatro de fantoches e rodas de diálogo intergeracionais, que facilitaram a integração entre saberes científicos e tradicionais. A avaliação combinou indicadores quantitativos (como número de criadouros eliminados e participação nas atividades) e qualitativos (como mudanças de comportamento e depoimentos da comunidade). A devolutiva comunitária permitiu ajustes e reforçou o protagonismo local. Os resultados indicam que estratégias participativas e interculturais são mais eficazes para o enfrentamento das arboviroses em contextos indígenas, promovendo autonomia, engajamento comunitário e sustentabilidade das ações preventivas.

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Publicado

2025-08-08