Avaliação da Capacidade Pulmonar por Espirometria e a Influência da Atividade Física em Adolescentes com Asma: Revisão de Literatura

Resumo

A asma é uma doença respiratória crônica, prevalente na adolescência, caracterizada por inflamação e obstrução das vias aéreas. A avaliação da função pulmonar é essencial para o diagnóstico e o monitoramento da doença, sendo a espirometria o método mais utilizado. O presente trabalho trata-se de uma Revisão de Literatura com objetivo de analisar a utilização da espirometria na avaliação da capacidade pulmonar de adolescentes com asma, destacando a influência da prática regular de atividade física sobre a função pulmonar e o controle da doença. Realizou-se uma revisão narrativa de literatura, com abordagem qualitativa e descritiva. A busca foi realizada nas bases de dados PubMed, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Google Acadêmico e Biblioteca Virtual do Centro Universitário São Lucas. Foram incluídos estudos publicados entre 2015 e 2025, nos idiomas português, inglês ou espanhol, que abordassem diretamente a avaliação da função pulmonar por espirometria e/ou a influência da prática de atividade física em adolescentes asmáticos. A espirometria demonstrou-se ser o método principal utilizado na prática clínica para mensurar parâmetros respiratórios, sendo considerada padrão ouro na análise da função pulmonar. No entanto, quando usada de forma isolada, pode não ser suficiente para compreender a complexidade do controle da asma, especialmente em casos leves ou refratários. A prática regular de atividade física mostrou-se fundamental no controle da asma, à redução da inflamação das vias aéreas e à melhoria da qualidade de vida, embora não altere diretamente os valores espirométricos em curto prazo. Fatores como orientação e monitoramento são essenciais para a adesão e eficácia da atividade física. Conclui-se que a avaliação da capacidade pulmonar em adolescentes com asma deve ir além da espirometria convencional, incorporando métodos clínicos, instrumentos complementares e uma abordagem multifatorial. A atividade física supervisionada é essencial no manejo integral da doença, destacando-se a necessidade de políticas públicas e intervenções personalizadas.