O impacto do HIV na qualidade de vida da população idosa: Uma revisão integrativa da literatura

Resumo

A detecção tardia da infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) ainda é comum, em grande parte, por conta de seus sintomas iniciais serem sutis, inespecíficos e, muitas vezes, leves, o que dificulta o diagnóstico na fase aguda. Esse cenário se agrava entre a população idosa, que é especialmente vulnerável ao vírus. A falta de informações claras sobre sexualidade e o forte tabu que ainda envolve o tema fazem com que discussões sobre a vida sexual na terceira idade sejam evitadas, o que limita o acesso a orientações e medidas preventivas essenciais. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi descrever o impacto negativo do HIV na qualidade de vida dos idosos e suas repercussões na saúde dessa população. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura com uma abordagem qualitativa. O diagnóstico tardio do HIV em idosos continua sendo um desafio crescente, impulsionado por fatores como a falta de informações sobre sexo seguro, os tabus que envolvem a sexualidade na terceira idade e falhas no atendimento à saúde. Além disso, a ausência de educação sexual adequada para essa faixa etária tem contribuído significativamente para o aumento dos casos de HIV entre os idosos. A conscientização e a sensibilização desse público são essenciais, assim como o papel dos profissionais de saúde em promover diálogos abertos sobre sexualidade e a importância do sexo seguro, rompendo barreiras culturais que impedem o acesso a informações. Sendo assim, conclui-se que para enfrentar o aumento dos casos de HIV entre idosos, é necessário romper os tabus que envolvem a sexualidade nessa fase da vida e garantir que os profissionais de saúde desempenhem um papel ativo na educação e prevenção. A promoção de campanhas de conscientização focadas nesse público, aliada a uma abordagem de saúde mais inclusiva, pode ajudar a prevenir o diagnóstico tardio e melhorar a qualidade de vida dos idosos.