Características agronômicas e potencial econônimo do fruto Amazônico camu-camu: Uma revisão da literatura
Uma revisão da literatura
Palavras-chave:
Camu-camu, Amazônia, Potencial AgronômicoResumo
A região amazônica se caractiza por apresentar florestas compostas com grande diversidade florística, mas apesar disso, o solo dessa região não possuem grande riquesa em nutrientes. Nas várzeas, depressão formada nas margens dos rios, encontram-se solos mais férteis, por haver um acúmulo de grande quantidades de nutrientes trazidos pelas águas em perídos de cheias (LIMA, 2001), ambientes propícios para várias espécies de frutíferas amazônicas. Em algumas áreas restritas podem ser encontrados solos férteis com destaque para os estados de Rondônia e Acre (FREITAS, 2022). A flora amazônica se destaca no senário nacional e internacional por ser composta de essências florestais endêmicas, com potencial a serem exploradas na forma de fármacos e alimentos como araçá-boi (Eugenia stipitata Mc Vaugh), ata (Anonna squamosa L.), cajá (Spondias mombin L.) e camu-camu (Myrciaria dubia H.B.K. Mc Vaugh) que são apreciadas pelas suas características organolépticas e são consumidas como frutas frescas ou na forma de sucos, refrescos, licores, etc. (FILHO et al., 2009), porém, existe pouco conhecimento sobre o potencial agronônimco e econômico. Entre essas espécies está a M. dubia H. B. K. (McVough) (camu-camu) que é um arbusto pertencente à família Myrtaceae, encontrado nas margens inundáveis dos rios e lagos da bacia Amazônica, ocorre em toda região e seu fruto é uma baga esférica de superfície lisa e brilhante, coloração vermelho-arroxeada, com 10 a 32mm de diâmetro, utilizado para a fabricação de sorvetes, sucos e licores, com grande potencial econômico. A acidez acentuada do fruto do camu-camu é resultado do alto teor de ácidos orgânicos presentes, especialmente de ácido ascórbico (vitamina C), que segundo Pinedo et al. (2004), varia de 800 mg a 3000 mg por 100g de polpa, podendo atingir níveis mais altos em plantas excepcionais (YUYAMA et al., 2002). Apesar de ser uma espécie considerada não domesticada, as suas características fitoquímicas e biológicas já comprovadas, demonstram o seu potencial econômico, no entando, se faz necessário novas pesquisas sobre o seu potencial agronômico. Assim os objetivos deste estudo é demonstrar através de uma revisão integrativa da literatura o potencial agronômico da espécie M. dubia e sua importancia socioeconomica para região Amazônica.